22 de junho de 2009

Cultura através da internet

Uma das coisas maravilhosas da internet é, sem dúvida, a proximidade com materiais que dificilmente teríamos acesso. Há blogs incríveis que exploram essa possibilidade e, nos surpreendem com filmes e álbuns musicais perdidos ou quase fadados ao esquecimento. Um bom exemplo é o Bossa Brasileira. Lá conheci artistas fascinantes dos primeiros três quartos do século XX, que não são mais tão citados pela mídia. O meu final de semana foi todo ao som de Aracy de Almeida, Astrud Gilberto, Angela Maria, Francisco Alves, Rosa Pardini e outros mais.


E a proximidade se manifestou também no cinema: finalmente assisti ao grande clássico de François Truffaut. Há muito tempo eu ouvia falar de "Os Incompreendidos", filme de 1959 que marcou o início da Nouvelle Vague. Mas, morando em uma cidade pequena, as chances de ter tido contato com a obra eram poucas.

18 de junho de 2009

Francisco Alves, a maravilhosa voz do rádio

A frustração permanece, mas a vida segue. E os estudos também. Afinal, a batalha e os valores não foram alterados.

Em um momento de tensão, nada melhor do que a grande voz do rádio. Francisco Alves é um bálsamo para os meus ouvidos.


Trecho extraído do filme "Alô Alô Carnaval", de 1936. Obrigado a quem disponibilizou a pérola.

17 de junho de 2009

Jornalista não precisa de diploma?

Em votação realizada hoje em Brasília, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a universidade não é necessária para a formação de qualidade na profissão de jornalista. A desculpa? A livre expressão do pensamento.

Qualquer um tem o direito de se expressar? Certamente. Mas estamos falando de jornalismo, uma atividade que requer cuidados e conhecimentos que, qualquer um que se envolve na área, sabe serem necessários.

Não é conversa fiada. Jornalismo é coisa séria. O jornalista tem o dever de fornecer aos seus leitores/ouvintes/espectadores uma interpretação dos acontecimentos. Embora o diploma não forneça a garantia de um bom profissional, a sua abolição é a aceitação de que qualquer um tem condições de falar para as massas.

Já não bastava a vergonha de a maioria dos meios de comunicação, hoje, pertencerem a políticos? Para os que supõe que a decisão não afeta suas vidas, vai a dica: o jornalismo vendido e barato nos engana todos os dias, criando uma versão fantasiosa da realidade. E nós permitimos, cada vez mais, sermos enganados.

A verdade por trás disso, é que sem o diploma, os meios de comunicação podem pagar salários baixíssimos aos seus empregados. E quem são os patrões? Voltamos aos políticos.

 

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